Nasceu em 354, em Tagaste (atual Argélia), de uma família de língua, cultura e estatuto social romanos. Seu pai era pagão, sua mãe, Mónica, católica fervorosa que veio a ser canonizada. Foi ela quem mais se empenhou em que o filho, libertando-se dos desvarios da mocidade, que os teve muitos e prolongados, encontrasse o caminho da conversão e da fé ortodoxa. Aos 33 anos, Agostinho, depois de um longo percurso ideológico e religioso que o conduziu à adesão ao maniqueísmo e ao ceticismo, voltou à fé católica sob influência de Santo Ambrósio, bispo de Milão, a quem ficou sempre ligado como pai espiritual. Bispo de Hipona em 396, desenvolveu uma intensa atividade pastoral e literária que o levou ao aprofundamento da doutrina cristã e ao combate das principais heresias que mais a ameaçavam, como o donatismo, o maniqueísmo, o arianismo. Deixou cerca de uma centena de obras, sendo as mais conhecidas e louvadas as Confissões, A Cidade de Deus e Trindade. Morreu em 430, em Hipona, estando a cidade cercada pelos Vândalos há largos meses. O respeito que Agostinho já então conquistara levou os sitiantes a, quando tomaram a cidade, pouparem o seu túmulo e a biblioteca que legara à Igreja da sua diocese.