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A afirmação exposta no título – Eu sou uma missão – propõe a sua descodificação no subtítulo que se lhe se (…)
A afirmação exposta no título – Eu sou uma missão – propõe a sua descodificação no subtítulo que se lhe segue – «testemunho cristão da vida». O autor, ao longo de duas centenas de páginas, demarca-se positivamente das associações a uma missão evangelizadora de tradição proselitista. Ele identifica esse malefício que pretendia arregimentar com o exclusivo apoio na bondade de um projeto doutrinal e seus dogmas em vez de atrair pelo exemplo testemunhal, e apresenta o poder dos modelos («Os doze passos») que cativam porque assentes na autêntica espiritualidade, resultante daquilo que se vive porque se acredita e se revela na quotidianidade da vida comum. Antigas interpretações do papel do cristão, e de forma particular do eclesiástico, viam-no como o agente de uma missão evangelizadora, mas o que George Augustin aqui nos pede é que lancemos um olhar ao ensino fundamental e evangélico que apenas e sempre defendeu que a missão de cada cristão é a de ele próprio ser a missão pelo que a sua vida de relação patenteia e, para tanto, basta atentar no Evangelho (Jo 13,35; 15,12.13.17; 17,23; 1Jo 2,8; Mt 22,39; Act 4,32) e no que nos deixaram os Padres da Igreja sobre essa Igreja dos inícios (cf. Tertuliano, Apol. 39: “Vede como eles se amam”).